Desbravando a Sabaraboçu- a montanha cheia de prata-,pelas expedições bandeirantes, a primeira grande descoberta dos minérios deu-se nos sertões de Taubaté, em 1697, quando o então governador do Rio de Janeiro Castro Caldas, anunciou a descoberta de “dezoito a vinte ribeiro de ouro da melhor qualidade” pelos paulistas.
Ou seja, na região do Vale do Paraíba paulista. Porém, com a exploração das terras, aos poucos foi se expandindo e construindo vilas e povoados nas Minas Gerais (por isso o nome e formação de vilas com o objetivo de extrair mais ouro e outros minérios).
Durante o século XVIII, auge do período de exploração do ouro no Brasil, diversos povoamentos e vilas foram fundados pelos bandeirantes vale paraibanos como as Vilas de São João Del Rei, do Ribeirão do Carmo, atual Mariana, Vila Real de Sabará, de Pitangui e Vila Rica de Ouro Preto (atual Ouro Preto), além de outras.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Pintura: Taubaté, Jean Baptiste Debret, 1827. / Referência: https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/historia-do-ouro-no-brasil/
Guaratinguetá não passou despercebida durante o processo de Independência; a cidade era uma das mais importantes do eixo Rio-São Paulo, e o seu território ainda era grande. Quando o príncipe regente Dom Pedro I decidiu realizar uma viagem, para obter apoio à causa brasileira, até São Paulo, tomou o caminho que seguia pelo Vale do Paraíba pela importância dessa região do ponto de vista econômico. Saindo do Rio de Janeiro, Dom Pedro cruza o Vale do Paraíba e se encontra com personalidades locais e fazendeiros de café. Em 17 de agosto de 1822, a Câmara dos Vereadores de Guaratinguetá se reúne em ato de vereança e emite o seguinte ofício:
"nella se mandou ao Professor Francisco de Paula Ferreira com hum officio da MMA. Câmara a cumprimentar a sua alteza Real em a Villa de Lorena: nella se passou um edital para o povo desta Villa cuidar em preparar suas testadas e promptificar as ruas e por illuminação na noite em aqui pernoitar o Príncipe”
O Príncipe era esperado desde o dia 17, até que em 19 de agosto de 1822 alcança Guaratinguetá. O príncipe regente é recebido pelo capitão-mor Manuel José de Mello para pernoitar em sua residência (na rua da Cruz Grande, depois rua da Estalagem e, por fim, na república Rua Marechal Deodoro), a fim de descansar para continuar sua viagem até Aparecida (nessa época ainda era pertencente a Guaratinguetá), onde iria visitar a Igreja de Nossa Senhora Aparecida.
Um membro da família real passar a noite em uma residência era sinal de prestígio e poder, privilégio somente daqueles que eram amigos do príncipe. O capitão-mor era uma espécie de “responsável” pela segurança e administração da cidade, e esse ato do príncipe pernoitar em sua residência não era estranho.
Além de autoridade, Manuel era um homem próspero. Serviu ao príncipe um jantar em uma baixela (tipo de bandeja) de ouro, recebendo um elogio do príncipe, ao qual respondeu: “Rei Senhor, as posses dão”. Nesse momento era apresentado a personalidades locais e o seu regimento de guarda era aumentado, além dos animais descansarem também para a continuidade da viagem. Em Guaratinguetá ainda se reuniu com o cônego Antônio Moreira da Costa, que era o representante do clero de Taubaté, sendo que este entrega ao príncipe uma mensagem de boas-vindas.
No dia 20, a comitiva do príncipe, agora integrada pelo capitão-mor Manuel e pelos jovens José Monteiro dos Santos e Custódio Leme Barbosa, segue para Aparecida, onde o príncipe visitaria a Igreja de Nossa Senhora Aparecida. O interessante é que, apesar de ficar somente um único dia, a cidade ficou marcada na Rota da Independência, recebendo depois a visita do Imperador Dom Pedro II, que visitaria o seu amigo Francisco de Assis Oliveira Borges, o Visconde de Guaratinguetá.
A casa do capitão-mor deu lugar a um hotel ainda no século XIX, chamado “Hotel Lusitano”. Em 1900, o casarão foi demolido e o arquiteto Agostinho Del Mônaco ergue outra casa no lugar, onde seria a sede da Associação dos Empregados do Comércio. O casarão seria a Casa do Soldado Constitucionalista durante a Revolução de 1932, sendo que em 1953 receberia a Associação Comercial e Empresarial de Guaratinguetá (ACEG), sendo caprichosamente preservado por ela até os dias atuais.
Texto: Leandro P. dos Santos e Marina T. F. C. Pinto / Referências: LIVRO DE ATAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE GUARATINGUETA (1814-1822). São Paulo. Departamento do Arquivo do Estado. / MAIA, Thereza Regina de Camargo. MAIA, Tom. Memórias do Comércio de Guaratinguetá. Guaratinguetá, 1995. / MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de. Visconde de Guaratinguetá – Um titular do café no Vale do Paraíba. São Paulo: Imprensa Oficial, 1976. / PASIN, José Luiz. A Participação do Vale do Paraíba no processo da independência. In: Revista de História, Volume 45, Nº 92. disponível em: http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/131873
Nasceu em Guaratinguetá, no dia 22 de setembro de 1916. Começou a estudar violão com o pai, o violonista Francisco Reis, ainda na infância. Em 1931, aos 15 anos de idade, já era conhecido como o melhor violonista de Guaratinguetá. Neste mesmo ano, conheceu o violonista Levino da Conceição, que se apresentava na cidade. Tornou-se seu aluno e passou a acompanhá-lo em suas excursões.
Em 1933 foi para o Rio de Janeiro, em companhia de Levino. Lá foi ao encontro do violonista João Pernambucano, amigo de Levino. Iniciou sua vida profissional aos 18 anos de idade. Atuou como instrumentista, professor de violão, compositor e arranjador. Deu aulas numa loja na rua Buenos Aires, e depois foi apresentado por um aluno ao dono da loja "Ao Bandolim de Ouro". Em 1935, passou a lecionar na loja "A Guitarra de Prata". Começou a acompanhar calouros na Rádio Guanabara. No intervalo de uma dessas apresentações, solava a valsa "Gota de Lágrima", de Mozart Bicalho, quando o radialista Renato Murce ouviu e gostou. Levou o violonista para a Rádio Transmissora e deu-lhe um programa de solos de violão. O programa fez grande sucesso.
Em 1940, transferiu-se para a Rádio Clube do Brasil e Cassino da Urca. Nesse mesmo ano,
formou uma orquestra composta por dez violonistas, uma das primeiras do gênero. Em 1941, gravou seu primeiro disco pela Colúmbia, onde constava a valsa "Noite de Lua" e o choro "Magoado", um dos mais tocados. Encerrou a década de 1940 com um total de nove discos gravados. A década de 50 representou a consolidação e grande avanço na carreira do artista.
Em 1956, assinou contrato com a Rádio Nacional.
Na década de 60 gravou vários discos. Foi também professor de Maristela Kubitscheck, filha do presidente Juscelino, de quem foi grande amigo e parceiro de serenatas. Dilermando dos Santos Reis morreu no Rio de Janeiro, no dia 2 de janeiro de 1977.
O nome do violonista é hoje também nome de uma rua no Rio de Janeiro. É padroeiro de um importante festival em Guaratinguetá, no qual costumam se apresentar violonistas clássicos e populares. Desde 2013, o evento tem como abertura serestas de músicos locais.
Não podemos deixar de prestigiar seus conterrâneos que foram importantes em seu aprendizado musical quando jovem, como professores: Bomfiglio de Oliveira (1890-1940) e o maestro Benedito Cipolli (1896-1959). Bomfligio (trompetista) e Cipolli (flautista) eram também compositores , assim como conhecedores do violão, tendo reconhecido em Dilermando as qualidades necessárias para a construção de uma carreira musical promissora.
O músico norte-americano David Jerome realizou uma tese de doutorado pela University of California–Haywar, com o tema “Dilermando Reis and the valorization of the brazilian guitar” (Dilermando Reis e a valorização do violão brasileiro). Em 2003, transferiu-se para o Brasil, onde permaneceu por um ano percorrendo as cidades do Rio de Janeiro e Guaratinguetá (SP), dando continuidade à pesquisa sobre a vida e obra do violonista brasileiro. Nos EUA atua como professor de violão na University of California State e como concertista, apresentando-se em Nova York, Los Angeles e Washington.
Há um exemplar de sua tese em inglês disponível no Museu de Memória e Arquivo Frei Galvão.
De acordo com Ana Cristina Canettieri, o nome CATETINHO, primeira residência oficial em Brasília, foi sugerido a Juscelino Kubitschek pelo Dilermando Reis.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Referência: MEDEIROS, Alan Rafael. Dilermando Reis: um genuíno representante do violão brasileiro - O legado de Dilermando Reis. http://www.jornalolince.com.br/2010/out/pages/retrato-dilermando.php / https://www.ebiografia.com/dilermando_reis/ https://www.violaobrasileiro.com/dicionario/dilermando-reis https://dicionariompb.com.br/david-jerome/biografia
Bomfiglio de Oliveira nasceu no dia 27/9/1891 em Guaratinguetá, no bairro da Pedreira, e foi um grande trompetista e compositor, considerado um dos maiores instrumentistas de seu tempo.
Seu pai era contrabaixista da Banda Mafra em nossa cidade e lhe ensinou os primeiros passos musicais. Atuou na Banda Mafra e na Banda União Beneficente tocando bumbo. A convite do sacerdote salesiano Frederico Gióia, integrou a Banda do Colégio São José, onde estudava, aprendendo com ele as primeiras noções de regência e composição. Continuou seus estudos no Ginásio São Joaquim, em Lorena, e depois para Piquete, onde organizou uma banda que se apresentava pelas cidades da região.
Por volta de 1912, em uma apresentação da banda na cidade de Barra Mansa (RJ), o maestro e violinista Lafaiete Silva, impressionado com seu talento, convidou-o a se transferir para o Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro passou a integrar a Orquestra do Cinema Ouvidor, da qual também fazia parte Pixinguinha. Concluiu seus estudos no Conservatório Musical do Rio de Janeiro, e passou a atuar intensamente como trompetista e contrabaixista em diversos cinemas e teatros cariocas.
Instrumentista de destacada atuação, teve sempre como companheiros extraordinários músicos como Pixinguinha, Donga, Luís Americano, João da Baiana, Luciano Perrone, Luperce Miranda, entre tantos outros grandes nomes da Música Popular Brasileira.
Em 1939, fez sua última apresentação em Guaratinguetá com apresentação aos instrumentistas José da Silva Lacaz, Lauro dos Santos, Sebastião Guimarães, José Meirelles e o conjunto “Os 7 Bemóis”.
Em 2002 foi homenageado no desfile das escolas de samba de Guaratinguetá, com o tema:
O bom filho da Pedreira, Bonfiglio de Oliveira”. Em 2003, o selo Revivendo lançou o CD "Bonfiglio de Oliveira", com 21 obras de sua autoria. Faleceu no dia 19 de maio de 1940 no Rio de Janeiro. Foi sepultado no cemitério Municipal de Guaratinguetá, e em sua lápide foi feita a seguinte inscrição: "Com a sua arte atingiu a imortalidade".
Texto: Marina T. F. C. Pinto
“Saravá jongueiro velho/ Que veio para ensinar/ Que Deus dê a proteção pra jongueiro novo
Pro jongo não se acabar/ Pro jongo não se acabar/ Que Deus dê a proteção pra jongueiro novo
Pro jongo não se acabar” (Jefferson Alves de Oliveira - Jefinho Tamandaré)
Tambu, batuque, caxambu, jongo é uma manifestação cultural afro-brasileira e uma das valiosas manifestações da cultura imaterial de nossa cidade.
O Jongo é uma forma de expressão que integra percussão de tambores, dança coletiva e elementos mágico-poéticos. Tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, sobretudo os de língua bantu. Consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar localizadas no sudeste brasileiro, principalmente no Vale do Rio Paraíba do Sul (a nossa região).
É um elemento de identidade e resistência cultural para várias comunidades e também espaço de manutenção, circulação e renovação do seu universo simbólico. Foi proclamado Patrimônio Cultural Brasileiro em 2005 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
No Estado de São Paulo, em nossa região do Vale do Paraíba paulista, foram identificadas e contatadas as comunidades jongueiras de Guaratinguetá, Cunha, Piquete, São Luís do Paraitinga e Lagoinha, entre outras. Há indícios de que na Região Sudeste existam outras formas de expressão afro-brasileira. O jongo integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. Acontece nos quintais das periferias urbanas e de algumas comunidades rurais, assim como nas festas dos santos católicos e divindades afro-brasileiras, nas festas juninas, no Divino e no 13 de maio da abolição dos escravos.
Na época da escravidão, quando o jongo surgiu, os tambores denominados caxambu e o candongueiro eram feitos de madeira de uma árvore velha que era cortada e furada para fazer o oco, e encourada. Com o tempo, outros materiais foram incorporados para a fabricação dos tambores, como as barricas de cachaça.
A fogueira tem papel importante no jongo, pois é necessária para esticar o tambor. As batidas do tambor podem mudar entre as comunidades praticantes do jongo.
O jongo é uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação de identidades. São sugestivos dessas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico da umbigada. O jongo tem diversos nomes, e é cantado e tocado de diversas formas, dependendo da comunidade que o pratica. Se existem diferenças de lugar para lugar, há também semelhanças, características comuns em muitas manifestações do jongo. O jongo é considerado uma importante influência na construção dos primórdios do samba.
Em nossa cidade, o bairro Tamandaré é a expressão e a manifestação dessa tradição. Pesquisadores da cultura popular, representantes da Associação Cultural Cachuera, da Associação Cultural Jongueira do Tamandaré, da Associação Cultural Quilombolas do Tamandaré e da Prefeitura Municipal de Guaratinguetá mantêm viva essa memória. Atualmente, a Secretaria de Cultura rememora essa tradição conhecida como “Jongo da Independência” no dia 6 de setembro.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Referência: BRASIL. Jongo no Sudeste. Brasília, DF: IPHAN, 2007.http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/PatImDos_jongo_m.pdf - Ribeiro, Maria de Lourdes Borges. O Jongo. Rio de Janeiro: Funarte, 1984.- Wilson Rogério Penteado Júnior http://www.jornalolince.com.br/2013/out/memoria/5322-o-jongo-e-os-jongueiros-do-tamandare-guaratingueta-sp - PEREZ, Carolina dos Santos Bezerra. Juventude, música e ancestralidade na comunidade jongueira do Tamandaré - Guaratinguetá/SP.
O bairro homenageado desta edição é o Clube dos 500. Além de uma linda história de amor à nossa cidade, neste ano completa 70 anos de existência. Fundado em 1951 na Antiga Fazenda Longa, o bairro é um patrimônio artístico, arquitetônico, cultural, afetivo e com muitas histórias para serem compartilhadas.
Seu fundador foi o empresário Orozimbo Octávio Roxo Loureiro, e quem projetou o belíssimo bairro foi Oscar Niemeyer. Além do posto de gasolina e restaurante à margem da rodovia Presidente Dutra, um hotel com piscina e vinte apartamentos distribuídos em dois conjuntos de dez.
O bairro Clube dos 500 participou ativamente do processo de modernização da cidade e da região valeparaibana. Foi construído no mesmo tempo da inauguração da criação de uma nova estrada (que fica entre São Paulo e Rio de Janeiro), a rodovia pelo então homenageado e presidente Eurico Gaspar Dutra. Até hoje identificamos a rodovia e a estrada como “Dutra”.
De acordo com Maia (2021), o clube que reunia 500 sócios e amigos da elite paulista e carioca foi inspirado no Clube dos 200 (situado em outra cidade do Vale, São José do Barreiro, e que hospedava viajantes e personalidades entre Rio e São Paulo).
O Clube dos 500 tinha, entre as propostas, uma formação de um elegante clube social (como é atualmente). De um lado da estrada, hotel e casas de veraneio, e do outro, um loteamento, como origem de um novo bairro integrado à cidade. Tornou-se sede de festas, reuniões políticas sociais, eventos esportivos e culturais.
Um dos marcos dessa integração entre bairro e cidade, além do próprio projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, há uma capela com o afresco de Ricardo Menescal retratando a cena do encontro da imagem da santa Nossa Senhora da Conceição Aparecida no rio Paraíba.
A primeira impressão que Orozimbo Octávio Roxo Loureiro ao chegar em Guaratinguetá na Antiga Fazenda Vista Longa que atualmente é o bairro Clube dos 500.
“Foi um caso de amor ao primeiro olhar, quando pisei suas terras e vi a casa, as coisas e a paisagem, tive, de repente, a impressão de que tudo me era familiar. A ilusão foi rápida, mas se repetiu com frequência.Não quero, porém, me estender em considerações em torno do enigma, quero apenas dizer que tudo nessa fazenda me é tão íntimo como se dela jamais tivesse me afastado. Talvez eu sempre tenha vivido em Vista Longa”.
Memórias escrito em 1976 por Orozimbo Roxo Loureiro, no livro “Garimpando Reminiscências”.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Referência: @FotoClubedos500 / CANETTIERI. Ana Cristina. No meio do caminho. Clube dos 500. Editora Casalua, 2018. - MAIA, Thereza Regina Camargo. Clube dos 500- 1951- 2021- 70 anos. Arquivo Memória de Guaratinguetá. Museu Frei Galvão. 2021. / Fotografia: Postal Colombo, 1958.
Por volta de 1890, no Brasil além da cólera, foi assolado pela peste bubônica. Ela era transmitida por pulgas de ratos, considerada um mal asiático. No período medieval europeu (476 a 1453), esta peste teve ligações com a terrível peste negra que dizimou 1/3 da população da época.
Aqui no Brasil, ela chegou aos portos do Rio de Janeiro e Santos. Em Guaratinguetá ocorreu no século XX.
Devido a isso, criou-se um Centro de Inspeção. Esse centro localizava-se na casa de esquina das ruas Frei Galvão e Frei Lucas (casa onde nasceu Frei Galvão).
De acordo com os registros, a peste foi controlada com a higienização da cidade, implantação de esgotos e água encanada.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Referência: MAIA, Thereza Regina Camargo. Guaratinguetá e as pandemias. ARQUIVO MEMÓRIA DE GUARATINGUETÁ-MUSEU FREI GALVÂO. 2021. / Pintura: Casa de Frei Galvão.
Que antes mesmo de grandes nomes da expansão do Espiritismo no Brasil como Chico Xavier e Divaldo Franco, houve um guaratinguetaense que foi um divulgador e escritor doutrinas e práticas espirituais. Ele nasceu no dia 14 de junho de 1894 em Guaratinguetá, e que ficou até terminar o ensino secundário (hoje, Ensino Médio).
Aos 21 anos, ingressou na Força Pública de São Paulo e em 1919 casou se com Nanci de Menezes, filha do Marechal do Exército. Participou de vários movimentos militares. Enquanto militar foi o idealizador do projeto do traçado primitivo do trecho de Serra da Rodovia dos Tamoios.
Após um acidente que fez abandonar os serviços militares, dedicou se integralmente ao Espiritismo.
Edgard foi um grande estudioso dos fenômenos psíquicos e a mediunidade. Em 1973 fundou diversos grupos para a expansão do espiritismo religioso como a
Aliança Espírita Evangélica. Escreveu diversas obras literárias como ao “Estudo da Mediunidade”, "Os Exilados da Capela", entre outros. Faleceu aos 88 anos em São Paulo. Ele é considerado um organizador metódico fundamental para a aceitação e difusão do Espiritismo no Brasil.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Referência: Caça palavras. Religiões. Espiritismo as maiores religiões do mundo. Edicase.
O monumento da edição anterior é a estátua que homenageia um dos grandes ilustres filhos da cidade: Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves, que foi presidente da República (1902 a 1906), presidente da Província de São Paulo, ministro da Fazenda, presidente do Estado de São Paulo, entre outros.
A estátua foi esculpida por Antônio Pinto de Matos e localiza-se na praça principal, com o nome do homenageado.
A inauguração do monumento ocorreu no dia 7 de julho de 1923 em solenidade festiva, reunindo a sociedade local, alunos, familiares e autoridades políticas.
Texto: Marina T. F. C. Pinto / Referência:http://valedoparaibaarquivoshistoricos.blogspot.com/2010/06/na-praca-principal-de-guaratingueta.html / Foto: Débora Almeida.